quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Escolas públicas da região de Mangueira recebem projeto que resgata história do samba no Rio de Janeiro

O samba, sua história e seus mais importantes personagens vão desfilar pelos pátios e salas de aula da rede pública do ensino fundamental e médio. O Centro Cultural Cartola - Museu do Samba Carioca e a Petrobras promovem, a partir de hoje, 4 de agosto, a exposição itinerante "Para Não Perder a Memória – D. Zica 100 anos", que vai percorrer oito escolas da rede municipal de ensino, localizadas na região de Mangueira, Zona Norte da cidade do Rio. Parte do programa de educação patrimonial que o Centro Cultural Cartola desenvolve desde sua fundação, em 2001, a exposição integra a agenda de comemorações do centenário de Dona Zica, uma das mais importantes "damas do samba", esposa de Cartola e liderança feminina de destaque na história da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.

A Escola Municipal Nilo Peçanha, localizada na Av. Pedro II, nº 398, em São Cristovão, será a primeira a receber a exposição itinerante, que até novembro poderá ser vista e trabalhada no currículo das escolas públicas. Ao todo, mais de cinco mil alunos, com idade entre 9 e 17 anos, terão acesso à programação. As demais escolas a receberem o projeto Memória das Matrizes do Samba do Rio de Janeiro são: CIEP Nação Mangueirense, Escola Municipal Gonzaga da Gama Filho, FAETEC – Adolpho Bloch, Escola Municipal Uruguai, Escola Municipal Marechal Trompowsky, Escola Tia Neuma e Escola Municipal Cardeal Leme.

Das damas do samba aos bambas escritores -  A exposição Para Não Perder a Memória – D. Zica 100 anos apresentará aos alunos fotos que contam a história do samba, das origens aos dias atuais.  Durante as duas semanas em que permanecerá em cada unidade educacional, a exposição terá também uma parte interativa. Os estudantes irão participar de conversas e workshops com grandes sambistas.

"A mostra destaca ainda a importância das mulheres em todas as fases da história do samba, o gênero artístico-musical mais tipicamente carioca, marca da identidade nacional e patrimônio histórico e cultural brasileiro. Esse destaque é um ótimo motivo para celebrarmos mais um aspecto de grande valor no samba, parte de nossa sempre atual herança cultural negra, africana: o respeito à figura da mulher", afirma Nilcemar Nogueira, diretora do Centro Cultural Cartola e neta de Dona Zica e Cartola. "A exposição pretende ser uma espécie de complementação de currículo do ensino formal, estimulando a produção cultural e a documentação do gênero", acrescenta Nilcemar.

Promover a educação patrimonial é uma das principais diretrizes do Centro Cultural Cartola-Museu do Samba Carioca. Na prática, significa levar informação e formação cultural a fim de difundir e preservar o samba carioca (e suas matrizes: partido alto, samba de terreiro e samba-enredo), gênero que em 2007 foi alçado à condição de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, por meio de um processo liderado pela instituição.  A exposição itinerante Para Não Perder a Memória – D. Zica 100 anos é hoje o principal projeto de educação patrimonial do Museu do Samba Carioca e conta com patrocínio da Petrobras e apoio da Secretaria de Estado de Cultura.  

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